sexta-feira, 15 de julho de 2011

Enquanto uns não cabem em si de contentes outros choram os miseráveis resultados

   Mais um ano, mais exames nacionais, mais estatísticas miseráveis para os estudantes portugueses... Podíamos culpar os alunos por serem maus, ou as horas dedicadas às disciplinas mais importantes (Português e Matemática) serem poucas, podíamos ainda dizer que o grau de dificuldade dos exames este ano foram exagerados, mas, na minha opinião, falando de português por ser de humanidades, não acho que o exame de português tenha sido difícil. Na minha opinião apenas os critérios de avaliação são absurdos e, sendo muito sincera, a nota de cada aluno depende (inteiramente) do corrector que faz a apreciação do exame.
   Ora vejamos, primeira situação, não querendo ser invejosa nem resabeada, uma aluna que tem 13 de nota final no 12ºano e que vai com média de 12 a exame nacional de português é porque é uma aluna mediana, não escreve mal mas também não é nada por aí além. No final tira 16.7 no exame. Podemos ter algumas explicações: 1º- esforçou-se imenso, estudou, praticou a escrita, sabia a matéria, passou a perceber melhor Fernando Pessoa e fez uma exame quase excepcional; 2º- estudou o suficiente, a sua escrita continua a mesma (afinal uma semana para estudar não muda assim tanto uma pessoa), fez um exame mediano, com o que sabia, que até era bastante mas ainda assim não para um 17 e, por fim, calha-lhe um corrector muito bem disposto, que não segue à risca os critérios de avaliação e que acha que o exame até vale uma grande nota. Segunda situação, uma aluna um pouco acima da média, tem 17 no final de 12ºano, vai com média de 16 a exame nacional e no final tira 13.2. Passemos agora às explicações: 1º- estudou muito pouco ou nada, chegou ao exame e fez apenas aquilo que se lembrava das aulas, não sendo assim suficiente para uma nota como está habituada. Sendo essa aluna EU, sei perfeitamente que me esforcei, estudei imenso, até estudei o poema que saiu no exame, revi as minhas falhas na escrita, revi o exame, etc etc etc... tenho quase a certeza que o que fiz dá para mais. Assim sendo passamos à 2º explicação- a aluna apesar do esforço e de até ter conseguido realizar um exame bom, apanhou um corrector rigido, que seguiu à risca todos os critérios de avaliação propostos pelo ministério da educação e achou que não merecia mais do que um, frusterante e miserável, 13. Agora pederia os dois exames, dava à professora de português que seguiu as duas alunas durante todo o ano, fazia-se uma nova correcção e veriamos as notas dadas pela professora que conhece ambas as escritas, mas como isso não é possivel fico com a frusteração, com a zanga interior, com as lágrimas, com a revolta e talvez com um recurso (com clásulas ridiculas) ou com a 2ºfase de exames.


PS: Afinal tinha razões para odiar Pessoa.
Extramente zangada, frusterada, sentido-me injustiçada...

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